sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desarmada, caminho.
Sem pretensões, sem anseios ou súplicas, caminho.
Dentro de mim, apenas a mágoa. Mágoa sentida. Mágoa pranteada. Mágoa indolor. Mas sempre mágoa.
Despida do mundo, vestida de mim.
Embebida na lividez que congela os semivivos, absorvo-me na contemplação. Passam pessoas, casas, bares, carros, árvores, flores, areia, chão, mas nada que me faça querer ficar. Ficar não sei onde, talvez em mim mesma, talvez em lugar nenhum.
Palpita novamente a mágoa.
Será essa a desolação que permeia os pensamentos dos desesperados?
De repente, sinto-me vazia.
Nem mais a mágoa, antiga companheira, está comigo.
Será essa a sensação do esquecimento, do perdão ou simplesmente o vazio da perda?
Estranho isso de não ter resposta, se todas as respostas que preciso estão em mim.
Sigo no caminho que nunca chega ao final.
O que há dentro agora?
Indizível.

6 comentários:

  1. Despida do mundo, vestida de mim.Sigo no caminho que nunca chega ao final.
    O que há dentro agora? ameii migaa.. Good!! *-* você é excepcional!! :)

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  2. ÊÊ^^EÊ I love suas postagens!! Muito.... <3

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  3. Miá, obrigada.
    A tristeza faz proezas. rs'

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  4. ' O que há dentro agora?
    Indizível '
    *--* Ameeeeeeeeeeeii de paixão o seu texto , moça!

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  5. Que bom que consegui agradar. *.*
    Obrigada, querida. :)

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  6. Você sempre agrada, seja em uma simples frase a um texto detalhado! :)Good!!

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