segunda-feira, 12 de outubro de 2009

...e foi num amor-blue que tuas mãos cederam às minhas.
juro. amor bateu para ficar.
e de dentes, tu tens meu coração.
pra todo sempre.









(Autor desconhecido)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

*Crônica*

Parava todos os dias às seis da tarde, ou perto desse horário, e ficava admirando o céu no sol poente. Olhava o movimento das árvores com o vento, geralmente suave e acolhedor, daquele horário. Observava cada detalhe. Sentia a melhor sensação que já experimentara. Repelia o sol forte que fazia durante o dia, mas sabia que naquela hora, seria recompensada com o céu mais lindo que poderia existir. Naquele momento, voltava ao tempo de criança, onde tudo era tão somente alegria, sem as adversidades que passava agora, adulta. Mesmo que o dia fosse cansativo, ela olvidava-se de tudo ao ver aquela imagem. E se o dia era chuvoso, ela observava calma e lentamente as gotas de água caindo nas plantas, pela janela de seu quarto, ou de onde quer que estivesse. A tristeza, a dor, a angústia, o rancor já não existiam nessa hora. Ali, tinha a certeza que tudo realmente valia a pena, pois tudo aquilo fazia valer.

A Pálida

No café da manhã, minhas certezas servem-se de dúvidas. E têm dias em que me sinto estrangeiro em Montevidéu e em qualquer outra parte. Nesses dias, dias sem sol, noites sem lua, nenhum lugar é o meu lugar e não consigo me reconhecer em nada, em ninguém. As palavras não se parecem aquilo que dão nome, e não se parecem nem mesmo ao seu próprio som. Então não estou onde estou. Deixo meu corpo e saio, para longe, para lugar nenhm, e não quero estar com ninguém, nem mesmo comigo, e não tenho, nem quero ter, nome algum: então perco a vontade de me chamar ou de ser chamado.



Eduardo Galeano, escritor uruguaio.

Tantra Totem

Nunca esqueça que existem quatro coisas na vida que não se recuperam:
A pedra - depois de atirada,
A palavra - depois de proferida,
A ocasião - depois de perdida,
O tempo - depois de passado.

  1. Dê mais as pessoas do que elas esperam, e faça-o com alegria.
  2. Case-se com alguém que você goste de conversar. À medida em que vocês forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornará tão importante quanto os outros todos.
  3. Não acredite em tudo que ouve; não gaste todo dinheiro que tem; não durma tanto quanto gostaria.
  4. Quando disser "eu te amo", seja sincero.
  5. Quando disser "sinto muito", olhe nos olhos da pessoa.
  6. Fique noivo pelo menos durante seis meses antes do casamento.
  7. Acredite no amor à primeira vista.
  8. Não ria dos sonhos dos outros. Quem não tem sonhos, tem muito pouco.
  9. Ame profundamente e com paixão. Você pode se ferir, ams é o único meio de viver uma vida completa.
  10. Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
  11. Não julgue ninguém pelos seus parentes.
  12. Fale devagar, mas pense rápido.
  13. Quando lhe fizerem uma pergunta a que não queira responder, sorria e pergunte: "Por que deseja saber?"
  14. Lembre-se que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.
  15. Diga "saúde" quando alguém espirrar.
  16. Quando você perder, não perca a lição.
  17. Recorde-se dos três "rr": respeito por si mesmo; respeito pelos outros; responsabilidade pelos seus atos.
  18. Não deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
  19. Quando notar que cometeu um engano, tome providências para corrigi-lo.
  20. Sorria quando atender o telefone. Quem chama vai percebê-lo na sua voz.
  21. Passe algum tempo só e reflita.

Sabedoria chinesa.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Ninguém entra duas vezes no mesmo rio." Heráclito.
A vida nos vem em ciclos. Nada que vivemos acontecerá de novo, e nenhum novo acontecimento será igual a algum que tenha passado, o máximo que eles podem é ser semelhantes. Isto porque nós não seremos os mesmos e, consequentemente, as situações também não. E é por isso que devemos sempre permitir que as coisas fluam naturalmente, mesmo com a insônia das "contas a pagar". Nada nesse mundo é tão importante assim. Talvez, nem a própria vida.

domingo, 27 de setembro de 2009

Da tristeza e afins

"...Ás vezes eu quero chorar, mas o dia nasce e eu esqueço..." - Marina Lima




Não vou falar da tristeza que sinto ou que senti, não, esse não é meu objetivo. Meu objetivo é tentar entender de onde vem a tristeza, por que afinal ficamos tristes? Baseada na minha observação das coisas e das pessoas, poderia dizer que na maior parte das vezes, a tristeza vem da frustração, e mais especificamente ainda, frustração amorosa. É. Quem nunca teve seu coração quebrado, e se sentiu muito triste por isso, me atire a primeira pedra. Claro que há vários outros motivos pra a tristeza, por exemplo, a pessoa deprimida geralmente se sente rejeitada por todos e excluída, e acho que essa é a maior tristeza pela qual uma pessoa pode passar, observamos isso em muitos momentos da literatura, como nesse texto de Caio Fernando Abreu:

“Tudo isso dói. Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois. Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: ‘Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?’ É o que estou tentando vivenciar. Certo, muitas ilusões dançaram – mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis, becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver, não é? A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa. O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir. Porque não estou fluindo.”

Mas que angústia seria essa da qual ele falava? Que tristeza seria essa por qual quase todos os escritores passaram? Talvez seja uma amargura "natural", aquela que todos passamos, ou não. Talvez até seja apenas por eles saberem se exprimir em palavras, enquanto a maioria guarda para si mesma, e que nem mesmo a arte conssegue aliviar a dor que se sente.

Mas acredito ainda que mesmo a tristeza é necessária para o crescimento pessoal. Assim: não a depressão, mas essa que rotineiramente se abate sobre nós, nos faz perceber o quanto somos importantes e únicos, ou se for pela culpa, o quanto podemos nos tornar pessoas melhores.
Se "das ruínas de Atenas ergueram-se construções monumentais" (Gaarder), do que "resta" de nós quando atravessamos a fase ruim, 'nasce' um ser incrivelmente mais forte e capaz.


Desejo a todos que lerem, que consigam tirar sempre o melhor das adversidades para si e que nunca deixem de aprender com as experiências que passem.

;*



sábado, 26 de setembro de 2009

...

Entre os escritores que mais admiro, sem dúvida, está Paulo Coelho, seja pela criatividade, seja pelo modo como ele consegue conciliar racionalidade e religiosidade, por escrever textos que não são enfadonhos, ou por uma junção de tudo isso (sim!..), fato é que, ele é minha grande inspiração, quando me sinto triste ou algo do tipo, procuro a literatura dele (e a Bíblia também) e vejo o que posso tirar de conhecimento e aprimoramento para mim.

Dos vários textos dele, vou transcrever uma parte de um que achei no jornal dia desses (espero que ele não ligue...)

"Tende piedade de nós, Senhor, porque muitas vezes pensamos estar vestidos e estamos nus, pensamos que estamos cometendo um crime e na verdade estamos salvando alguém. Não vos esqueceis, em vossa piedade, que desembainhamos a espada com a mão de um anjo e a mão de um demônio segurando no mesmo punho. Porque estamos no mundo, continuamos no mundo e precisamos de Ti. Precisamos sempre de Tua lei que diz: "quando vos mandei sem bolsa, sem alforge e sem sandálias, nada vos faltou."


...

Não preciso dizer mais nada.

Boa semana!!

=D

Que se dane o campo minado....

...Eu caminho com a mente!

E ponto.

Ás vezes ficamos pensando em certas coisas que acontecem conosco, e vemos que deixamos de realizar algumas por simples pudor, ou ainda pior, por MEDO, medo de tentar e errar, medo de não sermos capazes, medo de perder tempo, medo de não fazermos a escolha certa, ou ainda termos consciência q é errado e daí medo de sermos pegos, medo de morrer. Medo de viver.
E é exatamente aí que não enfrentamos os desafios, e então perderemos a chance, por vezes única, de vencer. Como disse o poeta Virgílio certa vez, "a coisa nesse mundo da qual mais tenho medo, é do próprio medo", isso porque com ele, não vamos a lugar algum, nada fazemos.
Então nessas horas, horas de medo, de dúvida, de "campo minado", o que devemos fazer é dizer: dane-se! a luta está aí e agora só me resta ganhar. E vou! Com a cabeça erguida, olhar à frente, e com a consciência que vai dar o seu melhor, e se acaso não sair como queria, ter a maturidade de reconhecer os erros, e começar de novo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma Face na Escuridão




A vida ia tomando forma e cor, rompia...
Eu estava tão presa a ti, que não sabia
Onde acabava eu e começavas tu.
Mas ela mesma, a vida, a borbulhar selvagem
No uivo dos animais, no viço da folhagem
-Em tudo, no teu corpo e no meu corpo nu-

Ela mesma nos separou. As cordilheiras
Afundaram no oceano. As vozes derradeiras
Dos bichos que no abismo iam todos morrer,
Enchiam-me de assombro...E conheci na treva
A maior dor, a dor da força que me leva
Para longe de ti. Meu ser pelo teu ser

Clamou...Clamou debalde. Em mim subitamente
Tudo descorou, tudo envelheceu. Ao quente
Meu coração de outrora, hoje tarde reflui
Um sangue pobre em que já não palpita nada.
Como a planta sem ar, murchei. Branca e gelada,
Não sou mais do que uma lembrança do que fui.

Embora! Testemunhei eu só, aquela
Que trouxe a vida em si mais luminosa e bela.
Terás em mim, a que foi tua, ora uma estranha,
A única face que te observa e te acompanha
Da funda escuridão cada dia maior...


(Manuel Bandeira)

domingo, 9 de agosto de 2009

Diferença entre o bem e o mal

"O discípulo perguntou ao meste zen:
-como posso distinguir o bem do mal?
-Eis uma pergunta tola. Reflita, e me responda você mesmo.
Depois de refletir, disse o discípulo:
-É muito simples. Tudo aquilo que é capaz de destruir as coisas feitas com amor, é considerado o Mal.
-Você já viu um tigre? Quando ele sai em busca de comida para seus filhos e encontra na floresta uma bela corça, fruto do amor de seus pais, ele não a devora assim mesmo?
-Sinto-me confuso- disse o discípulo.
-O que vai contra a nossa natureza é o Mal- respondeu o mestre.-Todo o resto é o Bem."

(Paulo Coelho)

Será que temos distinguido o "mal" e o "bem" de nossas vidas? Pensem nisso.... ;*

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Pensador


Ser dono de ideias é bem mais que ter apenas palavra certa na hora certa, é ir além do seu tempo, não necessariamente fugir da realidade, uma vez que abstração nem sempre é a melhor alternativa, mas buscar um ponto de vista desconhecido e ao mesmo tempo inovador e útil, que vá além de aparências, é ser dono de algo que o torne único, ainda que isso pareça extravagante para alguns, repetitivo para outros, o que importa é que no final você terá algo de realmente seu, que ninguém poderá tirar. ;)


Pensando nisso, transcrevi esse texto de Fernando Pessoa:


"Há sem dúvida quem ame o infinito, há sem dúvida quem deseje o impossível, há sem dúvida quem não queira nada. Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:



  • Porque eu amo infinitamente o finito,

  • porque eu desejo impossivelmente o possível,

  • porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, ou até se não puder ser..."


Ninguém evolui olhando pra trás...
Portanto, viva, sem se arrepender, sem pensar no que poderia ter sido ;)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O QUE HÁ POR DIZER







Sou aquela que depois de ter se decepcionado demais, descobriu-se amada e feliz.
Que descobriu que pode ser bem mais que um dia imaginou, que descobriu o verdadeiro sentido da palavra "vida", que aprendeu que não importa o que pensam dela, sempre pensarão algo e não vale a pena se desgastar por isso, que descobriu que nem sempre valorizamos as pessoas certas, mas que as pessoas certas sempre nos valorizam.

Aprendi que olhares e gestos podem significar muita coisa ou nada, tudo depende da maneira que se vê a realidade.

Fiz da minha insegurança, minha força, tirei das derrotas o segredo para alcançar a vitória e descobri que realmente podemos fazer tudo que somos capazes e que às vezes isso é muito perigoso.

Descobri que a realidade pode ser muito cruel ou muito suave, mas ela sempre será de aparências, descobri que vivo num mundo em que as aparências valem mais que qualquer sentimento a primeiro plano, mas descobri que não precisamos seguir a regra. Descobri que nunca segui regras.


E acima de tudo descobri que nunca é tarde para recomeçar, não importa de onde você tenha parado, tudo será uma questão de força de vontade, pelo menos na maioria dos casos, e por falar em maioria, aprendi que o maior erro que se pode cometer é tomar o todo pela parte e a parte pelo todo, mas que, invariavelmente, sempre cometeremos esse erro,porém podemos sempre nos esforçar para não fazê-lo.

E depois de todas essas descobertas posso dizer que, sim, eu vivo hoje, deixei de só existir!!!